Os diferentes critérios de vulnerabilidade económica permitem-nos confirmar a melhor situação socioeconómica da grande maioria dos proprietários que obtêm rendimentos de arrendamento: • 9% dos proprietários estão em risco da pobreza em comparação com 23% do resto da população e 38% da população arrendada. • Apenas 1% dos proprietários sofrem privações materiais severas, em comparação com 5% entre o restante da população e até 12% da população que aluga. • 5% dos senhorios pertencem a agregados familiares com baixa intensidade de trabalho, contra 9% entre o resto da população e 9% também entre os inquilinos.
Grandes proprietários têm um peso crescente no mercado de arrendamento O mercado de arrendamento de habitação em Espanha é um mercado muito fragmentado, no qual existem vários milhões de proprietários privados que obtêm rendimentos de arrendamento de habitação e outros ativos imobiliários. De acordo com os dados do SAREB, a maioria dos proprietários são de classe social média alta ou alta, possuem duas ou mais casas: 34% possuem 1 casa, 42% têm 2 casas, 16% têm 3 casas e 8% têm 4 ou mais moradias. Na última década, e impulsionadas por alterações legislativas e fiscais, têm vindo a ser promovidas outras fórmulas de investimento em ativos imobiliários, onde se destacam os SOCIMI, que ganham peso no mercado de arrendamento, pelas suas vantagens fiscais e pelo seu elevado volume de recursos financeiros apoiados por grandes fundos e investidores internacionais. Estes grandes fundos imobiliários e SOCIMIs têm vindo a adquirir ativos imobiliários, incluindo uma grande carteira de casas nas mãos de entidades financeiras que tiveram de proceder à limpeza dos seus balanços, e venderam estas casas com desconto a investidores institucionais com o objetivo final de manter a alto preço das casas para alugar.