O modus operandi é abrir contas em um grande número de operadores em todo o mundo estabelecidos em diferentes jurisdições.

Ao contrário da manipulação de resultados, em que um manipulador precisa “comprar” um ator esportivo (atleta, jogador, técnico, árbitro), os apostadores de arbitragem podem operar legalmente à margem do sistema e atingir taxas de retorno de 100%, 102%, ou seja, obtendo o que é conhecido no mundo do jogo como uma aposta esportiva segura.

Em algumas jurisdições, que funcionam como paraísos fiscais, o trabalho é bastante simples: o apostador pode abrir contas nas dez ou quinze operadoras cadastradas que oferecem as melhores odds, sabendo que sua identidade, idade ou conta bancária raramente serão verificadas.
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Então, através do uso de softwares, algoritmos e hardwares que melhoram o poder de cálculo, a velocidade de acesso ao mercado e a frequência das transações de apostas, buscam-se as melhores ofertas do mercado em diferentes eventos e calculam-se as taxas de retorno.

Dessa forma, o nome do apostador profissional se dissolve no ciberespaço e passa despercebido pelos controles de operadores, reguladores e sistemas de monitoramento. Pela rentabilidade garantida, os apostadores profissionais (individuais ou coletivos) são contratados por sindicatos do crime ou sonegadores, que se tornam financiadores com o objetivo de lavar seu capital.