Aprendizagem puramente teórica e puramente prática

Como a aprendizagem deve ocorrer por meio da construção de conexões entre
as ações de alguém e seus resultados, toda aprendizagem tem um elemento
prático. Mas, ao mesmo tempo, fazer essas conexões e fazer outras conexões
entre a experiência atual e o que se aprendeu anteriormente leva a um
conhecimento mais abstrato e geral que constitui a teoria. Ao basear a educação
na experiência, a teoria emerge e encontra aplicação na prática. A educação
puramente prática seria simplesmente adquirir hábitos de cor – por exemplo,
aprender um ofício, mas sem compreender totalmente os efeitos mais amplos
dessa indústria.
A faculdade puramente teórica seria desprovida de qualquer conexão com a
experiência fora da sala de aula – por exemplo, aprender a resolver uma
equação sem entender os usos dessa atividade matemática. O ideal de
educação, na visão de Dewey, sempre teria teoria e prática misturadas. Um
conceito de faculdade que rejeita a divisão teoria e prática estaria alinhado com
essa abordagem experiencial da educação, em vez da mistura inconsistente
descrita por Kerr.
A divisão entre teoria e prática faz com que a separação dos estudos vocacionais
dos estudos liberais pareça traçar uma distinção importante, como Brewer
expressa em sua crítica às reformas de mentalidade prática nas faculdades de
artes liberais. Mas é exatamente essa ideia, “de que uma educação
verdadeiramente cultural ou liberal não pode ter nada em comum, pelo menos
diretamente, com assuntos industriais”, que a explicação de educação de Dewey
nos permite resistir. As disciplinas que se preocupam principalmente com
aplicações práticas se tornariam oportunidades para aprender estudos
científicos e humanísticos que são tradicionalmente tratados como
intrinsecamente dignos de estudo. Eles não seriam relegados a requisitos de
“amplitude” desconectados dos interesses dos alunos, mas integrados às suas
disciplinas de estudo. https://vestibular.unifeb.edu.br/curso?id=2&c=agronomia